segunda-feira, 6 de abril de 2009

Educação e Tecnologia

Educação e Tecnologia

A escola ainda teme as novas tecnologias, como se elas fossem capazes de tomar o lugar dos profissionais de educação. Encara as tecnologias, como fossem apenas um instrumento técnico que auxilia e ampara o professor de forma lúdica.
O professor muitas vezes se sente ameaçado por tantas informações, que nem ele próprio conseguiu filtrar e por isso prefere ignorar a utilização de algumas tecnologias. Aqueles que decidem aprender a utilizá-las, dividem-se em dois grupos: os que desistem logo no primeiro momento por se acharem incapazes de operar o novo e os que enfrentam os desafios tentando adequar se as mudanças.
Acredito que o processo de ensino aprendizagem através das novas tecnologias vem se aperfeiçoando, à medida que os professores vãos percebendo que são capazes de organizar e articular o conhecimento que bombardeia os nossos educandos.

domingo, 5 de abril de 2009

Refletindo sobre aprendizagem

REFLETINDO SOBRE APRENDIZAGEM

Lembro me muito bem, quando em 1970, na sala da casa de minha avó, assistimos a Copa do Mundo em uma televisão a cores. Eu tinha apenas cinco anos, mas aquele aparelho lindo e colorido marcou a única recordação que tenho desta idade. A sala cheia de vizinhos, todos com os olhos fixos naquela tecnologia que seria a mais moderna fonte de transmissão de notícias que o homem poderia inventar.
Durante muito tempo, todos passavam horas em frente desse aparelho. Questões começaram a surgir. Seria a televisão uma boa baba? O que ela estaria ensinando de bom para nossos adolescentes? Estaria sendo uma fonte de reprodução de interesses políticos? E assim, num passe de mágica, aquela caixa tão interessante, deixa de ser “heroína” para se tornar “vilã”.
Ao refletir sobre as novas tecnologias não pude deixar de fazer o comentário acima, pois sinto que tudo se repete.
Lembro me de quando comecei a lecionar e os professores, que levavam os alunos para frente da tv, eram considerados inovadores, preocupados com a modernização do ensino. Achava isso lindo. Queria imitá-los, mas me sentia incapaz de escolher a fita cassete adequada a minha matéria, não sabia como usar a TV ESCOLA. Era uma analfabeta tecnológica.
Hoje, mais madura, acredito que as ferramentas tecnológicas usadas como instrumento para reflexão e alcance a construção do saber são um forte aliado no ensino aprendizagem. Sei que assim como a tv a cores, novas tecnologias irão surgir e nos seduzir.
Muito me preocupa essa avalanche de informações que a Internet traz, por isso procuro modificar meus métodos pedagógicos e aprender mais sobre essas novas tecnologias, que os alunos tanto dominam, para que as sereias não me devorem antes mesmo que eu possa ouvir o seu canto sedutor.

Quem sou eu?

Sou uma professora que procura acertar, apesar da “verdade estar na contra mão”. Tento passar para os alunos algo a mais do que conteúdo, pois acredito que nossa missão é formar pessoas que gostem de pessoas.
Difícil essa arte que escolhi! Às vezes me sinto frustrada por não conseguir despertar lhes a curiosidade necessária para que uma aula seja realmente produtiva.
Difícil essa arte que escolhi! Devo ajudá-los a representar o pensamento, enquanto o meu próprio ainda não consigo representar.
Difícil essa arte que escolhi! Penso que interajo com os alunos, mas na realidade muitas vezes quero impor lhes os meus “saberes” as minhas “verdades”. Ouço suas idéias e as julgo, será que eles não têm noção do que está certo ou errado?
Difícil essa arte que escolhi! Ao menos uma coisa consigo com facilidade: perceber que muitas vezes aprendo com eles. Não sei tudo. Oh glória!!!! Como é bom perceber em seus olhares que eles também são capazes de me ensinar.
Difícil essa arte que escolhi! “Problemão”, é a troca com os colegas, que na grande maioria das vezes cansados de dar “murro em ponta de faca”, se entregam a um marasmo, a um cansaço, a uma lamúria. Mas, quando a verdadeira partilha de saberes acontece, que maravilha o milagre da aprendizagem acontece.
Difícil essa arte que escolhi! Na verdade me sinto “uma metamorfose ambulante” cada ano invento uma maneira diferente de ensinar os conteúdos.
Porém a tristeza me invade, não foi o suficiente, não motivei o necessário, não despertei o interesse tão desejado, não avaliei de forma adequada, não ENSINEI.
Difícil essa arte que escolhi!